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March 2, 2007
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RRAURL

 

Desenhos de MZK tem tudo a ver com música
Artista e DJ tem nova exposição na galeria Choque Cultural
27.09.06 18:10
Fatia de Tela Fatiada de MZK
 
Todo mundo conhece o MZK. Ele começou a desenhar nas ruas de São Paulo nos anos 90, quando pintava frases de protesto por cima de propagandas políticas. "Contra-Cultura, punk, hip hop, noise guitar bands e o underground em geral guiavam meus rumos," ele explica para o Rraurl.

O cara colaborou para um monte de revistas bacanas como Animal, General, Tonto e até desenhou capas de caderno escolar. Segue hoje riscando para diversos jornais e revistas. À noite pode ser visto em baladas de qualidade como Funhouse e Berlin com seu case cheio de imprevisbilidade musical.

Ele acaba de estrear uma nova exposição na galeria Choque Cultural chamada Enquanto isso… Se "galeria de arte" para você remete a um espaço quase vazio com marchands afetados de lenço no pescoço dando interpretações fantásticas para uma chapa de metal escovado, você precisa conhecer a Choque Cultural. Espremida numa casinha de Pinheiros, é uma galeria contemporânea no formato, no conteúdo e no estilo. Expõe artistas ligados a manifestações urbanas como grafite, quadrinhos, rock e tatuagem.

Enquanto isso… é um encontro dos dois mundos de MZK, a música e o desenho. Na real, no caso dele, são duas metades da mesma laranja. "Nessa exposição," ele explica, "eu sigo transportando a narrativa de histórias em quadrinhos para a pintura, misturando civilizações mortas e vivas com o cotidiano. Sob uma forte influência da música."

MZK é tão bom de ouvir quanto de ver. Seus sets são um panorama colorido de obscuridades dos anos 60, samba-rock, rock divertido, latinidades kitsch, funk clássico e muito mais. A música é uma inspiração permanente: "Ela está nas cidades, na natureza, muitas vezes ela reflete os ideais de uma pessoa, é pano de fundo e muitas vezes o ponto de partida para um trabalho, além do poder de levar a imaginação para lugares onde nunca pensei em estar," filosofa.

Quando pergunto quais as coisas mais legais que ele já fez nesses anos de ecletismo vem uma batelada: "As coisas mais legais ainda estão por vir (assim espero), mas gostei muito de ter me relacionado com a banda De Falla, meus ídolos na época (1989, ainda gosto muito) tocar maracas no Los Sea Dux, gravar um compacto, seguir minha trajetória nos quadrinhos apesar das dificuldades que temos no Brasil para levar adiante projetos nessa área. Ter conhecido e trabalhado com vários artistas e músicos que admiro e ter discotecado ao lado de Afrika Bambaataa, ter mostrado minha arte em Moscou e em Londres, entre tantas outras coisas boas. Felizmente."

Choque Cultural vai para Nova York

Enquanto isso, a Choque Cultural se prepara para embarcar para Nova York. Em fevereiro de 2007, deverá acontecer por lá a exposição Ruas de São Paulo, A Survey of Brazilian Street Art from Sao Paulo, na Jonathan Levine Gallery. Será uma apresentação de oito artistas da galeria para o público americano. Segundo Baixo Ribeiro, um dos donos da Choque, "há um interesse crescente desde o lançamento do livro Graffiti Brasil, escrito pelo britânico Tristan Manco… com grande sucesso de crítica e vendas na América, Europa e Ásia." Para a exposição em Nova York irão trabalhos de Boleta, Fefê Talavera, Highraff, Kboco, Onesto, Speto, T. Freak e Zezão.

A Choque Cultural produz e comercializa gravuras dos seus principais artistas a preços que, segundo Baixo, "não intimidam ninguém". Sobre o êxito da proposta da galeria não há do que reclamar: "A idéia inicial era atendar a um novo público colecionador de arte, formado, principalmente por jovens que estavam acostumados a colecionar ‘toy art’, posters, tênis, bonés ou camisetas customizadas por grafiteiros ou tatuadores, por exemplo. Mas descobrimos que a faixa de público interessada é muito maior do que imaginávamos. Hoje atendemos colecionadores tradicionais de ‘fine arts’, galeristas brasileiros e internacionais e um monte de gente que está querendo ‘estar por dentro’ desse hype."

As próximas exibições da Choque são: 5/10 no Museu Afro Brasil (off Bienal, 6 artistas) e 24/11 no Memorial da América Latina (20 artistas e chama-se SPray, O Novo Muralismo Latino-Americano).

CHOQUE CULTURAL
Rua João Moura 997
Pinheiros, São Paulo
CEP 05412-002
tel: (5511) 3061-4051
e-mail: » galeria@choquecultural.com.br
Horário: segunda a sábado, das 12 às 19 hs

MZK TOP TEN ATUAL

"Peasant Dance" Airto Moreira
"Big Thief" Professor Longhair
"Pow Wow" Manny Corchado
"Soul Pot " Soul Ones
"More Mess on my Thing" Poets of Rhythm
"Bongolia" Incredible Bongo Band
"Disco Africa" The Ogyatanaa Show Band
"Good Samaritan" Matata
"Make Myself A Good Man" Pucho and the Latin Soul Brothers
"Up from the South" Budos Band
Camilo Rocha
Info
» www.choquecultural.com.br
» www.jonathanlevinegallery.com

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